sábado, 27 de janeiro de 2018

Bolívia: Diferenças que eu percebi

Bom dia Viajantes de plantão.... Como estão?

Eu estou passando para deixar um relato sobre a experiência que tive numa recente viagem para a Bolívia junto com um amigo e agora vou passar pra vocês algumas experiências da viagem que pode ajudar (e muito) a todos vocês...

Eu fiz essa experiência em janeiro de 2018 sendo ida e volta de ônibus...

Pra começar vamos falar da fronteira... Por causa dos horários de viagem pegamos um ônibus direto de São Paulo para Puerto Quijarro e aí está o primeiro problema... O ônibus quando passa pela aduana boliviana te entregam um formulário para ser preenchido e isso não é a autorização de entrada no país e ônibus vai até o terminal de ônibus e você tem que voltar para fazer a sua saída do Brasil e sua entrada na Bolívia...

A Bolívia é um lugar onde quase nenhum lugar aceita cartão (débito ou crédito) então vá preparado e com dinheiro em espécie para fazer o câmbio na própria Bolívia ou já venha com seus bolivianos na viagem. Se vier trocar na Bolívia, aproveite e troque na fronteira mesmo mas muito cuidado na rodoviária pois eles fazem um câmbio menor aí você sai perdendo. Recomendo você trocar poucos bolivianos na rodoviária de Puerto Quijarro, o suficiente para voltar até a fronteira e voltar (cerca de R$20,00) e garantir pelo menos alguma economia.

Próximo a fronteira existem vários lugares que trocam a moeda por uma boa cotação. Na época que viajei o câmbio na bolsa estava em R$1 por Bol 2,10. A variação na Bolívia estava na rodoviária por Bol 1,98 e na fronteira por Bol 2,01... Ou seja, a melhor variação estava na fronteira.

Praticamente todos os bancos da Bolívia você consegue sacar com um cartão internacional tranquilamente mas você não pode esquecer de que tem a taxa de saque do banco que pode variar de lugar pra lugar mas a taxa é fixa, independente do valor do saque, e tem o imposto brasileiro (IOF) que é um porre e você paga por cada saque que faz e num valor proporcional ao saque por isso a recomendação de levar dinheiro em espécie.

Banheiro gratuito e água a vontade é algo difícil na Bolívia, todos os lugares que tem banheiro público você paga para usar (Bol1,00 na grande maioria de lugares) e água apenas comprada. Recomendo comprar em supermercados ou vendas pois nas rodoviárias a água é mais cara.

Ônibus na Bolívia tem três particularidades:

A primeira é que você não consegue comprar com antecedência de alguns dias ou comprando para outros destinos fora da rodoviária que você está. Por exemplo, se você está em Santa Cruz de la Sierra só vai conseguir comprar passagens que saiam dessa cidade para aquele dia que você está e não consegue comprar uma passagem que vai de La Paz para Copacabana. O sistema de compras deles não é online e tudo é feito a mão desde a passagem até a etiqueta de bagagem. Detalhe: eles fazer uma conferência pra saber se você está no seu lugar.

A segunda é que a bagagem você deixa no próprio guichê da passagem e lá mesmo eles prendem a identificação e colocam a sua bagagem no ônibus e isso me lembra muito o sistema de check-in em aeroporto mas numa escala menos e manual.

A terceira é mais diferente pra mim pois no Brasil quando você compra a passagem já está incluso a taxa de embarque da rodoviária (todas as rodoviárias tem essa taxa) já na Bolívia essa taxa deve ser paga por você mesmo antes de embarcar no ônibus e se você não tiver pago do lado de fora eles cobram você dentro do ônibus.

Particularidade bônus sobre os ônibus é existem praticamente três divisões de ônibus: convencional, semi-cama e cama. E as divisões semi-cama e cama são extremamente mais confortáveis do que os ônibus brasileiros só o convencional é que é realmente ruim.

A alimentação é bem diferente onde a maiorias das pessoas comem as comidinhas de rua que são verdadeiras refeições feitas com pratos típicos e valores bem baratos do que os restaurantes tradicionais. Fastfood? Aqui tem várias redes locais mas a única rede internacional que eu vi por aqui foi o Burger King (e para desespero, não tem refil).

Por ser um país com distâncias gigantescas e cidades cada vez mais distantes é recomendável se viajar durante a noite por diversos motivos: calor na região da planície, excesso de curvas na região de encosta dos Andes, náuseas e dores no corpo devido a altitude, frio durante a noite a calor durante o dia na região do altiplano andino; e algo que realmente importa é a economia da hospedagem.

Uma coisa que me chamou a atenção foi o tipo de governo nos departamentos da Bolívia onde cada um é autônomo, ou seja, depende de si mesmo para se desenvolver e melhorar, logo, departamentos menores com cidades mais desenvolvidas ou com oportunidades melhores de empresas são mais desenvolvidos do que departamentos maiores e com mais cidades e poucas empresas.

Essas foram as diferenças que eu percebi que merecem destaque em apenas um post mas não foram as únicas. Estarei escrevendo mais sobre a Bolívia em outros posts.

Até mais pessoal!

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