quarta-feira, 27 de junho de 2012

Pico do Lopo em Extrema

Buenos e Buenas.... sejam esses em pleno dia, tarde ou noite....



Depois um certo tempo de jejum na escrita estou de volta para contar um pouco da trip que me fez renascer em 2x sem juros, fazendo desta a que mais mexeu comigo e me fez evoluir como se fosse um pocket monster, vulgo pokemon...


Não gosto de pular outras postagens no blog, mas essa vai com todo o carinho e desabafo para mostrar um pouco do sufoco que eu passei e o porque foi tão renovador todo esse perrengue que passei... E como dizem os populares, vamos começar pelo começo... hehe


Nossa trip com destino a cidade de Extrema (MG) teve um bom começo e lá fomos nós no velho esquema de carona para poder sair todos com a boa economia (sempre bem vinda) e tínhamos como intensão chegar e montar acampamento antes do por do sol, mas não chegamos a tempo disso (para minha tristeza L) e já que estávamos por lá fomos aproveitar a festa junina da cidade.

E como toda a boa cidade pequena, tudo acontece na praça da igreja, e lá fomos nós.... e aproveitamos um pouco e quando entramos na igreja estava tendo um casamento. Aiai.... Tava muito bonito tudo e tals, e depois do casório fomos aproveitar um pouco da festa: doces, bebidas, comidas, músicas... Até mesmo valeu falar com o padre e pedir para rezar por nós... e foi isso que me salvou realmente.

Não estou exagerando nada, pois simplesmente, estava no carro com o Henrique e enquanto subíamos a serra rumo ao estacionamento próximo ao acampamento, logo no começo da subida (cerca de 1,5Km) ele fez o simples ato de piscar o farol, o que foi o suficiente para acontecer um acidente. O carro caiu na canaleta de água e bateu na caixa de águas pluviais, esta que salvou nossas vidas de rolar ribanceira a baixo e dizer bye-bye Zipão. Conseguiu ainda dar a ré para sairmos do lado do poço para o outro lado da estrada onde entramos em outra valeta e dali não saímos porque a batida simplesmente acabou com o radiador e com a caixa de direção do carro. Felizmente, ambos estavam com o cinto de segurança, o que nos salvou de poder dar de cara com o para-brisa e de um destino bem pior que podia estar guardado para nós. O Henrique me perguntou diversas mil vezes se eu estava bem, mas a única coisa que me aconteceu foram meus óculos sair voando pra fora do carro, o que me surpreendeu dele ter ficado inteiro e de ninguém ter passado por cima dele. Essa foi minha primeira experiência num acidente de carro, não recomendo pra ninguém. Eu renasci a primeira vez nessa trip após isso.

Socorridos por um companheiro, enfim começamos a nossa trip noturna rumo ao acampamento. Simplesmente fantástica as sensações de atravessar um trecho de mata Atlântica apenas com a luz das lanternas. Todo o meio muda, inclusive nossos medos, limites e sentidos. Vale a pena fazer uma maluquice dessas de vez em quando.

Ao chegar no acampamento montamos acampamento e fomos fazer nossa refeição. Tudo bem que já era meia-noite quando começamos a fazer a janta, então deu pra perceber que não fomos dormir tão cedo assim... hehe...

Foto por Célio Vong
Barriga cheia com o macarrão do Jeff Walker (estava bom heim) fomos aproveitar a boa vista da pedra das Flores e ter um panorama das estrelas que não são iguais as de SP, pois simplesmente fica até difícil localizar algumas constelações em meio a tantas outras estrelas. Um espetáculo que infelizmente minha máquina não consegue captar (ou sou eu que não sei como fazer isso ainda) que vou deixando como um lindo sonho que quero realizar logo *-----* e como não podia faltar teve o espetáculo a parte que era ver a silhueta do Pico do Lopo num fundo escuro com as luzes das cidades no sopé da serra, formando assim fotos fantásticas (essas eu consegui \o/).

Depois de todo o devaneio de ver aquele céu com aquelas estrelas, hora de voltar pro acampamento e ir dormir... ou pelo menos tentar um pouco... Tudo bem que teve alguns roncos no meio do caminho (não é mesmo Cynara) e com muuitos gritos de outras pessoas mandando a gente calar a boca, pois afinal, já eram quase 4h da manhã quando fomos sussegar... ahsuahsuahu



Não é novidade pra nenhuma pessoa
que me conheça que sou fascinado pelo sol e pela lua. Entre nós, já perdi várias vezes a hora de ir para o trabalho pra ter o prazer de ver o sol nascer, se por ou simplesmente para apreciar os grandes astros que nos circulam e seu espetáculo que é um show a parte.

Acordei cedo, exatamente às 6h da manhã para poder me preparar para ver o sol nascer, então acordei todos perguntando se queriam ir ver o sol nascer, não sou de insistir nisso, e no fim das contas foi com mais 3 meninas ver esse belo espetáculo... e olha que foi um dos mais belos que eu já vi, seja no conjunto da obra ou porque simplesmente cada nascer do sol é único. Enfim, vimos o belo presente e começamos a tirar fotos maravilhosas por que não é de se deixar de aproveitar esse bom tempo. Apropósito, aos que estavam agourando nossa viagem.... Chuuuupa que a manga é doce!!!! Não caiu uma gota de chuva e teve céu claro durante toda a noite e durante todo o dia, dando pra aproveitar cada minuto tanto do dia quanto da noite!!!!



Ficamos para aproveitar um bom tempo de toda a manhã com o sol, e tiramos várias fotos, incluindo aquelas que são clichê (pulo, de costas e fazendo com que se está segurando ou pisando no pico) e também algumas tentativas de fotos originais.... hahaha.... Valeu a pena cada raio de sol que estava iluminando e nos aquecendo. O restante do grupo se arrependeu de não ter acordado cedo (ou pelo menos eu acho).





Depois de um belo espetáculo fomos finalmente tomas café, afinal, nada melhor que um bom café para retomar as energias de uma noite de bebidas e outras coisas mais... Depois disso começamos a levantar acampamento para podermos ir à direção ao pico do Lopo propriamente dito. E como não pode faltar em acampamento nenhum teve que rolar uma rodada de marshmellow, mesmo que seja no fogareiro, mas no espeto improvisado de galho de árvore (galho caído)...

Depois de malas prontas hora de começar a conquista do Lopo.... e vejamos que foi bem fácil.... até uma parte do caminho. Nada de estranho em relação a outras trips, teve o seu sobe e desce, secos e molhados, terra e pedra, galhos, galhos e mais galhos....



Chegando na parte realmente complicada da história, hora de subir a pedra. Como dizem, o psicológico é tudo nessas horas e é o seu único inimigo para chegar onde se precisa chegar. Nós tivemos que subir através de uma fenda entre duas rochas e como apoio o seu próprio corpo. Achei que isso seria difícil até chegar a parte em que tem que literalmente subir com força por uma pedra.... meu.... que sufoco foi aquele.... e pensei na minha inocência que já tinha terminado, ou pelo menos chegado ao fim... há.... não tinha terminado, pois dali em diante era a subida final, onde um pequeno escorregão você podia parar lá em baixo não garanto que seria inteiro, mas pelo menos serviria de almoço...

Depois de muito trabalho psicológico do grupo, consegui chegar ao topo do Pico do Lopo!!!!! \o/ Não estava nenhum pouco bem, tremendo igual a vara verde, e se não fosse, Célio, Jeff, Henrique e mais uma galera, acho que eu não tinha sequer consegui subir a primeira pedra.... Valeu galera... se não fosse a ajuda de vocês não teria conseguido subir e tentar superar um pouco desse meu medo estonteante de altura.

Descer não foi mais tranqüilo do que subir, mas por dentro meu corpo dizia que se eu subi tinha que descer, mas o meu psicológico tava muito mais abalado do que todo o resto... teve uma outra sessão de terapia descendo as pedras e novamente se não fosse essa galera, ficaria igual a uma mula empacada, não iria nem pra frente, nem pra traz... Ficaria ali parado esperando o resgate que não poderia nem chegar....

Depois que todo o tormento dessa terapia passou, voltamos para nosso acampamento base e lá encontramos a galera que viria no domingo pra poder subir o morro também.... tiramos aquela super foto de toda a galera e começamos a jornada de volta pra casa.

Refizemos todo o caminho e junto com o desgaste do tempo, tivemos o desgaste do corpo, porque depois de todo o esforço do pico voltar até o estacionamento com uma grande desvantagem: cansaço.... isso sem dúvida foi o grande obstáculo da volta, porque o peso das mochilas nem tava mais fazendo a diferença.... o corpo inteiro estava pedindo pra ficar parado e descansar o máximo possível....

Por fim, quando finalmente chegamos ao estacionamento chegamos a seguinte conclusão: precisávamos passar no centro da cidade e beber algo bem gelado e comer alguma coisa. Aos que me conhecer sabem meu hábito de não tomar nenhum refrigerante a base de cola (seja coca, pepsi, entre outros), mas depois de tudo o que passamos, não resisti e tive que pedir arrego e com ele teve duas latas de coca com gelo num copo americano junto com um x-bacon pra repor todo açúcar e gordura perdida durantea caminhada e escalaminhada...



E pra finalizar nossa trip, já na cidade de SP, tivemos o bom prazer de ver o por do sol na cidade.... foi lindo demais e foi o encerramento com chave de ouro que precisava toda essa correria....

Galera.... esse foi mais um episódio do meu blog, e estou ensaiando outros posts...

Até a próximo e não se esqueçam de comentar e compartilhar!!!!!